sábado, outubro 23, 2004

O aquário

Quem se perde a olhar atentamente para a Praça de Pardelhas, aceite pela generalidade dos murtoseiros como o centro da Vila, não pode deixar de constatar que está, desde há muito tempo, totalmente estagnada.
Julgo que, mesmo assim, se trata de uma opinião benevolente, face às atrocidades e aberrações que lhe têm sido perpetradas.
Dir-se-á que ainda recentemente foi colocada uma nova iluminação e que, por isso, esta opinião é injusta. Remendo novo em fato velho...e, ainda por cima, de um tecido tão dejá-vu.
De vez em quando surge um movimento "pró Varina e abaixo o Afreixo". Iria isso mudar alguma coisa para além de matar as saudades de uns quantos saudosistas?
É preciso começar por uma ponta : o quiosque. Aquilo é coisa digna de uma praça central de uma Vila por muito pobrezinha que seja?! No tempo em que o Manel d'Avó distribuía jornais de bicicleta vá que não vá. Mas hoje em dia, com dois pontos de venda em Pardelhas ainda se justifica aquele mamarracho?
A Câmara Municipal perdeu uma grande oportunidade ao não ter comprado recentemente o trespasse do estabelecimento e imediatamente procedido à sua demolição.
Falta de atenção? de gosto? de dinheiro? Ou afinal está bem assim?!

3 comentários:

Daniel Fonseca disse...

É preferivel gastar uns bons milhares de contos na rotunda da varela... Não chegava um jardim bem cuidado?
É claro que numa politica "para emigrante ver", a rotunda salta mais à vista.

Anónimo disse...

Eu defendo uma ideia mais ousada para o lugar da "Marquise": um daqueles cafés, idêntico - à escala da Praça Jaime Afreixo, claro - àquele que podemos encontrar na Praça Marquês de Pombal, em Aveiro.

De Verão, com esplanada, seria uma forma de "humanizar" a Praça, tantas vezes deserta de gente, especialmente ao Sábado e Domingo.

Januário Cunha

João Cruz disse...

Sendo a Praça de Pardelhas "o centro" sem dúvida nenhuma que é essencial que tenha vida de manhã à noite, o que não acontece, muitas vezes nem mesmo no verão.
A Praça vive há muitos anos da periferia para o centro, para que os mirones possam passar o dia encostados às paredes a comentar a vida de quem passa,não contribuindo em nada para desenvolvimento nenhum.
A ideia de criar espaços de convívio no centro da Praça poderá inverter este tradicional espírito "cusca" dos murtoseiros.