sábado, outubro 30, 2004

Os Precursores e as Colectividades

As comemorações do 78.º aniversário do Concelho tiveram por mote dois temas deveras interessantes : Os Percursores e as Colectividades.
Aos Percursores devemos a obrigação de prosseguir os seus objectivos reclamados nas cortes no final do séc. XIX : empenhar os esforços de todos, sem excepção, numa Murtosa independente, progressista, moderna, turisticamente acolhedora, instruída e culturalmente desenvolvida, industrialmente avançada, concentrada no seu futuro, sem receios do seu passado.
Uma Murtosa dum tamanho muito maior do que a rua que baptizaram com o nome dos Primeiros que lutaram afincadamente por estes valores.
Às Colectividades, associações de indivíduos reunidos para um fim comum, verdadeira raiz estrutural da comunidade, como conjunto de pessoas que vivem em comum com recursos que não são da sua propriedade pessoal, temos o dever de nos associar e transmitir o apoio incondicional aos seus dirigentes, o qual tanta vez escasseia.
Dirão os obtusos que a Murtosa não tem meios, que é pobre para satisfazer tanta vontade de fazer algo pelo bem comum.
Pobres de espírito, que olham para as colectividades como sanguessugas, sem se aperceberem que a comunidade que as evita, que as devota ao ostracismo, está a secar o sangue que circula nas suas veias.
Não se pode esperar mais para passar das palavras aos actos, que já a todos cansam e fazem bocejar. As obrigações são de todos, não apenas deles, como gostamos tanto de dizer.
Não queiramos ter uma Murtosa com gente a como aludia Santo Agostinho: Homines pravis, preeversisque cupiditatibus facti sunt, sicut pisces invicem se devorarltes: «Os homens com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes, que se comem uns aos outros.»

2 comentários:

Anónimo disse...

Cito: "Pobres de espírito, que olham para as colectividades como sanguessugas, sem se aperceberem que a comunidade que as evita, que as devota ao ostracismo, está a secar o sangue que circula nas suas veias."

E assino por baixo.

Januário Cunha

Anónimo disse...

Infelizmente, acontece a muito boa gente.