Já me começo a sentir algo repetitivo cada vez que trago aqui o tema da coordenação da obras públicas por parte das Câmaras Municipais, mormente a de Estarreja, mas não consigo transigir com a indolência com que se continua a teimar em tratar os cidadãos.
Hoje, pelas 08.15h da manhã, foram precisos mais de 20 minutos para atravessar a distância que separa o antigo quartel dos bombeiros daquela cidade e a Igreja de Salreu : uns míseros quinhentos metros.
E tudo porquê : o encarregado do empreiteiro que está a executar a obra da rotunda do Hospital decidiu que devia começar o dia a abrir um buraco na via pública restringindo, assim, o trânsito a uma única via.
Que por aquela cabeça não circule a consciência de que às oito horas da manhã as pessoas que ali circulam se dirigem para os seus postos de trabalho, sendo apanhados de surpresa, sem qualquer aviso prévio de que o trânsito vai estar fortemente condicionado, e que vão de certeza chegar bastante atrasados, eu ainda posso entender!
Hoje, pelas 08.15h da manhã, foram precisos mais de 20 minutos para atravessar a distância que separa o antigo quartel dos bombeiros daquela cidade e a Igreja de Salreu : uns míseros quinhentos metros.
E tudo porquê : o encarregado do empreiteiro que está a executar a obra da rotunda do Hospital decidiu que devia começar o dia a abrir um buraco na via pública restringindo, assim, o trânsito a uma única via.
Que por aquela cabeça não circule a consciência de que às oito horas da manhã as pessoas que ali circulam se dirigem para os seus postos de trabalho, sendo apanhados de surpresa, sem qualquer aviso prévio de que o trânsito vai estar fortemente condicionado, e que vão de certeza chegar bastante atrasados, eu ainda posso entender!
Que ele possa responder a esta questão que apenas faz o que lhe mandam fazer, também compreendo!
Agora que um Presidente de Câmara não faça nada para evitar que centenas de pessoas corram o risco de ser chamadas à atenção pelos patrões por chegarem atrasadas; que não se prevejam alternativas por caminhos interiores que se estiverem condicionados a sentido único são perfeitamente suficientes para o tráfego de viaturas ligeiras; que não se impeça que decorram trabalhos na via pública às chamadas horas de ponta, dando-lhes sequência nos períodos de menor circulação de tráfego, inclusivamente à noite; já começo a achar que tudo não passa de indiferença aos verdadeiros problemas que afectam as pessoas.
Agora que um Presidente de Câmara não faça nada para evitar que centenas de pessoas corram o risco de ser chamadas à atenção pelos patrões por chegarem atrasadas; que não se prevejam alternativas por caminhos interiores que se estiverem condicionados a sentido único são perfeitamente suficientes para o tráfego de viaturas ligeiras; que não se impeça que decorram trabalhos na via pública às chamadas horas de ponta, dando-lhes sequência nos períodos de menor circulação de tráfego, inclusivamente à noite; já começo a achar que tudo não passa de indiferença aos verdadeiros problemas que afectam as pessoas.
É que nem todos os cidadãos que por ali passam se podem dar ao luxo de chegar ao serviço atrasados e justifcar que tudo se deveu ao trânsito, como muito provavelmente farão os funcionários da edilidade.
Ninguém duvida que as centenas de pessoas que hoje foram sujeitas a esta demora criticaram junto dos colegas de trabalho, de amigos ou conhecidos, que em Estarreja “está-se tudo a marimbar para o Zé Povinho!”
Mas será normal que um executivo camarário inteiro não se incomode que centenas de pessoas os critiquem por não serem capazes de gerir a causa pública com o mínimo possível de incómodos para as pessoas?
Ou os Presidentes de Câmara respondem sempre a estas observações com outras do tipo que isto não passa de vozes da oposição; ou de gente que não tem mais nada que fazer senão escrever nos blogs; ou que para se ter coisas boas é preciso sofrer as consequências!
Ainda não terão percebido que se fossem ao local ver o que se passa, se mandassem lá os seus técnicos com ordens expressas para estudarem alternativas, seriam olhados com outros olhos?
Seria bom que estudassem soluções e não deixassem na mão dos empreiteiros aquilo que é apanágio dos portugueses e de que nunca mais nos vemos livres : “o desenrascanço terceiro mundista!”.
E se estou a falar no plural em relação aos Presidentes de Câmara, é porque estou a alargar estas observações a todos os que continuam a tratar os munícipes desta maneira.
Estarreja tem sido, nisso, uma mau exemplo!
Ninguém duvida que as centenas de pessoas que hoje foram sujeitas a esta demora criticaram junto dos colegas de trabalho, de amigos ou conhecidos, que em Estarreja “está-se tudo a marimbar para o Zé Povinho!”
Mas será normal que um executivo camarário inteiro não se incomode que centenas de pessoas os critiquem por não serem capazes de gerir a causa pública com o mínimo possível de incómodos para as pessoas?
Ou os Presidentes de Câmara respondem sempre a estas observações com outras do tipo que isto não passa de vozes da oposição; ou de gente que não tem mais nada que fazer senão escrever nos blogs; ou que para se ter coisas boas é preciso sofrer as consequências!
Ainda não terão percebido que se fossem ao local ver o que se passa, se mandassem lá os seus técnicos com ordens expressas para estudarem alternativas, seriam olhados com outros olhos?
Seria bom que estudassem soluções e não deixassem na mão dos empreiteiros aquilo que é apanágio dos portugueses e de que nunca mais nos vemos livres : “o desenrascanço terceiro mundista!”.
E se estou a falar no plural em relação aos Presidentes de Câmara, é porque estou a alargar estas observações a todos os que continuam a tratar os munícipes desta maneira.
Estarreja tem sido, nisso, uma mau exemplo!
2 comentários:
Também fui apanhado...!
Demorei uma hora desde que saí da Murtosa até que cheguei à Universidade de Aveiro. Realmente é uma falta de respeito por quem, áquela hora, vai para os seus empregos. A minha vontade era fazer um buzinão... Podia ser que assim ficassem sensibilizados com o nosso descontentamento... ou não!
Estão realmente muito mal habituados. Se bem que têm alguma razão no tocante á forma como algumas obras são executadas sem qualquer respeito pelo mais comum dos cidadãos, não se sintam tão sós.
O resto do País sofre dessa maleita.
Não há a questão da "Informação prévia",ela até existe o problema está em executar as obras com algum sentido de respeito pelo comum cidadão ou não são as obras executadas a bem dos mesmos ?
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