domingo, março 06, 2005

Jogada de antecipação

Luís Campos e Cunha, antecipando a nomeação para Ministro de Estado e das Finanças, abriu o livro na página que, inevitavelmente, tinha ficado marcada pelos seus antecessores.
O Orçamento de Estado vai ter, a curto prazo, um rectificativo no qual as receitas têm de crescer para cumprir as promessas eleitorais.
Nos impostos directos, não será dum momento para o outro que o IRS e o IRC fazem prever prováveis subidas que cheguem, pelo menos, para alcançar os valores orçamentados.
Nos indirectos, o IVA, o ISP, o IA, vão pelo mesmo caminho. O crescimento do imposto sobre o tabaco e o das bebidas não é suficiente.
Logo, não havendo maneira de travar a despesa mais do que está ensaiado, a receita tem de subir à força do IVA.
Vamos esperar alguns meses para ver.
Mas a espera não pode ser muito longa, porque a economia não arranca por vontade de Sócrates, e o PEC, mesmo depois da revisão deste mês, não vai permitir veleidades.
Os sacrifícios vêem aí.
Surpresa para quem não estava à espera!

Sem comentários: