sexta-feira, abril 22, 2005

Aproveitar a Ria e o Mar (III)

Quando há uns anos surgiram as "buga" (Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro) dei comigo a pensar que a Câmara Municipal da cidade se tinha metido num verdadeiro “bico de obra”.
Com milhares de estudantes sempre prontos a inventar uma nova aventura, gente que entra e sai a toda a hora, calculei que as centenas de bicicletas fossem desaparecer num instante ou ficarem rapidamente escangalhadas e postas a um canto.
Não sei se os problemas foram muitos ou poucos; mas que a cidade ficou conhecida por uma inovação só vista em países modernos em que o contacto com a natureza é priveligiado, ninguém tem dúvida.
Olhando para o nosso Concelho, há uma quase unanimidade em afirmar que o turismo é a nossa salvação.
Mas o turismo não cai do céu, nem as condições naturais são suficientes para chamar pessoas aos magotes para a Murtosa.
São as novas ideias que podem tornar os Concelhos conhecidos ou suscitar, pelo menos, a curiosidade.
Por todo o lado nasceram as vias para bicicletas. Está na moda e a Torreira não é excepção.
Pena é que se tenham ficado por aí, e não se tenha olhado para a outra banda.
Mas quem não tem poiso fixo junto às pistas ou viaja com o velocípede pendurado na viatura ou fica a ver os outros a andar, pensando que bom que era se tivesse uma à mão.
Poder-se-á dizer que isso é negócio de aluguer e para quem estiver interessado. É possível, mas talvez em locais onde se possa usufruir o ano todo.
Por mim, gostava de ver se a ideia pegava e se, mais que não fosse na Torreira, se aproveitava aquilo que a natureza nos deu.

3 comentários:

Filipe disse...

Ora ai está uma situação sobre a qual penso muitas vezes...
É difícil aceitar que só a praia não é suficeinte para trazer turistas. Mas é a realidade. O tempo em que o turista vinha, ficava de umbigo ao sol, e ao fim do dia voltava a casa já passou. É preciso investir na Torreira para que esta não deixe de ser o polo turístico que tem sido até hoje. Mas nunca esquecendo a "banda de cá" da ria. Apesar do turismo não ser bastante vísivel, pode passar a ser se apostarmos noutras formas de turismo.
Boa vontade, dedicação e trabalho é o que Murtosa precisa neste momento.

kimikkal disse...

A beira-ria do lado da Murtosa é um filão que só os naturais e alguns "gringos" conhecem, o que é pena pois é um local fabuloso. Haja quem o queira e saiba aproveitar...

Anónimo disse...

Belo carvão do Paulo Valente!