segunda-feira, julho 18, 2005

A arte de motivar as pessoas

Gerir qualquer actividade pública ou privada atingindo elevados níveis de desempenho passa obrigatoriamente pela gestão de pessoas.
As pessoas são a principal mais valia da organização onde estão inseridas e são elas que determinam a qualidade e a eficácia do serviço ou do produto dessa entidade.
Há alguns anos que as organizações modernas passaram a considerar os seus empregados como “colaboradores” abandonando a clássica designação de “funcionários”.
Em muitos casos, o que mudou foi apenas o nome. A atitude permaneceu inalterável.
Para um gestor ou responsável hierárquico considerar um trabalhador como um colaborador, tem de compreender as suas características únicas e pessoais, valorizar a sua acção, medir o grau de motivação para o desempenho da missão que lhe está atribuída, ser capaz de reequacionar as suas funções enriquecendo-as e tornando-as mais apetecíveis, atribuir recompensas e interferir na sua mudança comportamental.
Mas mais importante que isto tudo, a gestão de pessoas é a arte de as motivar, fazendo-as sentir como parte integrante e participativa da organização.
Apesar de todas estas observações serem vulgarmente aceites, os responsáveis de topo, em muitíssimos casos, não admitem, não praticam nem se preocupam com nada disso, mantendo a velha postura, bastante mais fácil, de “comando”.
Evitam a formação em gestão de recursos humanos porque já se consideram sobejamente dotados na “arte de mandar” e refugiam-se no autoritarismo para que ninguém os questione.
Para fazer vingar as suas opiniões elevam frequentemente a voz, normalmente com um timbre desafinado.
Os colaboradores, vistos como meros funcionários, fecham a sete chaves a capacidade criativa e só fazem aquilo que lhes mandam fazer esperando apenas que chegue ao fim mais um dia de trabalho.
Com a diversidade de valências que hoje compõem a solução de todo o tipo de problemas, é impensável e tolo querer abarcar a capacidade de saber tudo acerca de tudo.
Motivar os colaboradores a apresentar soluções resultará numa enorme vantagem para a organização.
O medo da perda do poder pelo poder é o único responsável pelo marcar passo de tantas organizações em concorrência com outras que apresentam inovações constantemente.
O mais importante são as pessoas…nunca a pessoa.

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