quarta-feira, julho 06, 2005


Habituado há mais de vinte anos aos cortes de cabelo do Sr Gonçalves, a quem já nem era preciso dizer como queria, dei de caras com um novo barbeiro, ou talvez melhor dizendo, com um novo cabeleireiro.
O assunto não teria qualquer tipo de interesse se respeitasse aos meus hábitos pessoais.
Mas o facto que pretendo assinalar é que o novo profissional, de nome Jorge, é um jovem de Oliveira de Azeméis que preferiu seguir uma cada vez mais invulgar via profissionalizante.
Hoje em dia, este tipo de profissões, com futuro garantido e rendimento razoavelmente atraente, são pouco procuradas pelos mais jovens que ambicionam seguir, quase sem pensar noutras alternativas, o caminho universitário tantas vezes rumo ao desemprego.
Ainda há dias, um jornal regional noticiava que uma firma de Sever do Vouga, que enveredou recentemente pela produção de torres de energia eólica, não conseguia preencher 20 vagas de torneiros mecânicos e tarefas afins.
Dar condições para a criação de carreiras profissionais de nível intermédio é uma absoluta necessidade neste País que parece querer continuar esquecida à pála duma escolaridade mínima obrigatória cega, generalista e absurda.

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