A Restauração da Independência de Portugal é um marco decisivo na nossa história. O desaparecimento de D. Sebastião, em Alcácer Quibir, sem deixar descendência deixou caminho aberto para que a coroa espanhola, nas cortes de Leiria, em 1580, assumisse através de Filipe II os destinos do nosso país. Com o decorrer do tempo, os portugueses passaram para uma situação de subalternidade em relação a Espanha, a qual levou à organização de um movimento conspirador para a recuperação da independência. A 1 de Dezembro de 1640, um grupo de fidalgos proclama D. João, Duque de Bragança, rei de Portugal, terminando com 60 anos de domínio espanhol sobre Portugal.A nossa história, hoje talvez bem distante do interesse da grande maioria dos portugueses, sobretudo dos mais jovens, é pródiga de exemplos vários em que circunstâncias políticas e sociais muito adversas conduziram à sublevação popular. Talvez sem ninguém se dar conta, caminhamos a passos largos num perverso descontentamento generalizado que poderá, a qualquer momento, degenerar num novo movimento de revolta com consequências imprevisíveis.
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