Lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) é propor-se adquirir acções ou outros valores mobiliários de uma determinada sociedade com o fim de exercer o seu domínio. É um negócio vulgar por parte de quem está interessado e comprar uma empresa seja ela de que dimensão for. O(s) dono(s) das acções só vendem se lhe agradar o preço.
A seguir à OPA sobre a PT lançada pela Sonae, surge agora a OPA do Millennium BCP sobre o BPI. A Sonae e o BCP mostram assim o seu interesse em comprar o capital da PT e do BPI, respectivamente por 9,50€ e 5,70€ cada acção. É claro que quem declara querer adquirir uma empresa tem de se dispor a pagar um valor acima do que corre no mercado em bolsa. É uma forma de pressionar os accionistas para se desfazerem das suas posições a troco de um prémio inesperado.
O comprador ganha dimensão e posição no mercado e, ao mesmo tempo, reduz custos em sectores que tornam redundantes para a actividade que estão a exercer.
É pois natural que se a Sonae comprar a PT, e fundir a Optimus com a TMN, desapareçam umas centenas de postos de trabalho que hoje executam a mesma tarefa em empresas diferentes. E que se o BCP comprar o BPI fechem alguns balcões em localidades onde hoje existam os dois bancos e não sejam necessárias infraestruturais semelhantes. É, essencialmente, por essa razão que os “opantes” oferecem um prémio aos “opados”.
Paulo Teixeira Pinto nega que o BCP esteja a pensar em “despedimentos” preferindo falar de “reformas e rescisões”. O resultado é o mesmo : desaparecem postos de trabalho futuros sempre que a empresa não tenha espaço para crescer dentro do mercado nacional.
Se a OPA resultar, i.e., se pelo menos os detentores de 50% das acções + uma se mostrarem interessados em vender as suas posições, o BCP passará a ser o maior banco português, superando em todos os principais indicadores a Caixa Geral de Depósitos.
A seguir à OPA sobre a PT lançada pela Sonae, surge agora a OPA do Millennium BCP sobre o BPI. A Sonae e o BCP mostram assim o seu interesse em comprar o capital da PT e do BPI, respectivamente por 9,50€ e 5,70€ cada acção. É claro que quem declara querer adquirir uma empresa tem de se dispor a pagar um valor acima do que corre no mercado em bolsa. É uma forma de pressionar os accionistas para se desfazerem das suas posições a troco de um prémio inesperado.
O comprador ganha dimensão e posição no mercado e, ao mesmo tempo, reduz custos em sectores que tornam redundantes para a actividade que estão a exercer.
É pois natural que se a Sonae comprar a PT, e fundir a Optimus com a TMN, desapareçam umas centenas de postos de trabalho que hoje executam a mesma tarefa em empresas diferentes. E que se o BCP comprar o BPI fechem alguns balcões em localidades onde hoje existam os dois bancos e não sejam necessárias infraestruturais semelhantes. É, essencialmente, por essa razão que os “opantes” oferecem um prémio aos “opados”.
Paulo Teixeira Pinto nega que o BCP esteja a pensar em “despedimentos” preferindo falar de “reformas e rescisões”. O resultado é o mesmo : desaparecem postos de trabalho futuros sempre que a empresa não tenha espaço para crescer dentro do mercado nacional.
Se a OPA resultar, i.e., se pelo menos os detentores de 50% das acções + uma se mostrarem interessados em vender as suas posições, o BCP passará a ser o maior banco português, superando em todos os principais indicadores a Caixa Geral de Depósitos.
Por tudo isto tenho muitas dúvidas acerca das afirmações de satisfação do ministro das Finanças alegando que estas “fusões e aquisições” são o sinal evidente do dinamismo e de confiança na economia portuguesa.
É que o tecido empresarial português é constituído em mais de 95% por micro, pequenas e médias empresas, e nessas ninguém fala em compras umas das outras. Aqui, fala-se muito mais em aguentar estoicamente, em fechar as portas ou rezar para que as coisas melhorem, apesar da fé ser cada vez menor.
A ilusão das OPA’s passa-se num outro mundo : aquele onde, de um dia para o outro, algumas pessoas bem informadas ganham milhões sem criar qualquer valor e jogam com pessoas como quem derruba bonecos.
É que o tecido empresarial português é constituído em mais de 95% por micro, pequenas e médias empresas, e nessas ninguém fala em compras umas das outras. Aqui, fala-se muito mais em aguentar estoicamente, em fechar as portas ou rezar para que as coisas melhorem, apesar da fé ser cada vez menor.
A ilusão das OPA’s passa-se num outro mundo : aquele onde, de um dia para o outro, algumas pessoas bem informadas ganham milhões sem criar qualquer valor e jogam com pessoas como quem derruba bonecos.
2 comentários:
Tal e qual! É tudo o que posso dizer.
Como se constata ,os arautos do "deixa funcionar o mercado",adoptam uma posição de "muito responsáveis" ..."muito zeladores da eficiência"..."muito zeladores de uma gestão geradora de lucro" e, ainda por cima, todos emproados !!!...cheios de razão!!! Pois é! Que os "Belmiros" não queiram saber dos "tóinos"...até se percebe!
Esta maioria de "TÓINOS"... defenderem os interesses dos " BELMIROS "...já custa a perceber!!!
" PIMENTA NO CU DOS OUTROS..."
mas...convém não esquecer...não há excluídos... nesta "bicha" !!!
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