segunda-feira, julho 24, 2006

Um pequeno erro de cálculo


Fiquei satisfeito quando o Sr Sócrates anunciou que o selo do carro passava a poder ser comprado através da Internet.
Fui ao site, no dia 19 de Junho, dei conta que estavam 1987 tugas ligados àquilo como eu, constatei que do meu património constava efectivamente o meu carro, e …zás…venha lá o selinho pró popó sem ter que ir à loja preencher a papelada e perder tempo.
Senti-me cidadão de um País desenvolvido, onde o Estado passava a disponibilizar um serviço eficaz e evitava, ao mesmo tempo, que uns milhares de aldrabões continuassem a fotocopiar o selo e a pespegá-lo no pára-brisas sem que nenhum guarda desse pela falcatrua.
Só não percebi porque é que o processo da requisição pela Internet não passava a ser obrigatório e exclusivo para acabar de vez com a marosca, e cada um que se arranjasse pedindo ao filho, à prima , ao cão ou ao gato.
Quando li no site que a impressão da requisição substituía o selo até à sua recepção, não sei porquê, achei que a coisa estava preparada “às três pancadas”, mas … pensamento positivo… vamos lá acreditar que a “malta” sabe o que está a fazer.
A notícia não se fez esperar. Estava já quase a acabar o prazo do 15 de Julho, e ficámos a saber que ainda faltava fazer 1.000.000 de selos, e que a data limite para o pagamento era adiada para o fim do mês. Lembrei-me logo que ainda não tinha recebido o maldito selo pelo correio como me tinham prometido!? Podiam ter feito a coisa por menos, tipo faltar aí uns 5.000! Mas não, logo um milhão!

Complacentes, e sempre dispostos a desculpar uma “falhazinha do sistema”, ainda por cima quando essa “falhazinha” significa mais uns dias sem pagar aquilo que o Estado anda sôfrego à espera, ninguém se aborreceu com o “erro de cálculo”!
Mas será que o “sistema” se enganou mesmo nas contas? Ou foi a gráfica do Ministério que embatucou? Ou foi o toner que faltou? Ou foi o impressor que foi de “vacances” ?
Afinal, o tal País desenvolvido, criou uma bota maior do que o pé!
E é essa má sina de continuar a fazer o que é bom da pior forma possível que nos continua a perseguir a não nos deixa correr em frente.

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