Apesar de o ter comprado há mais de seis meses, por altura do Natal do ano passado, só agora peguei neste romance de 525 páginas, escrito por Miguel Sousa Tavares.
Confesso que o ar do seu autor, como quem está quase sempre aborrecido com tudo e com todos, fez com que deixasse o "Equador" ser ultrapassado por uma larga dezena de outros livros que entretanto li.
Mas, a caminho de 200.000 exemplares impressos, só podia ser fenomenal. E é mesmo! Há muito que não lia um romance tão envolvente, recheado de uma pesquisa histórica extremamente meticulosa.
Tudo começa em Vila Viçosa, no ano de 1905, sendo protagonista Luís Bernardo Valença, convidado pelo Rei D. Carlos para assumir o cargo de governador do arquipélago de S.Tomé e Príncipe e S. João Baptista de Ajudá.
Demonstrar aos Ingleses que nas roças onde era plantado o cacau que fornecia as empresas do reino de S. Majestade Britânica, especialmente a Cadbury, não havia escravatura já abolida em todos os países desenvolvidos, era a missão do 41.º governador naquela província ultramarina.
Mas no seu caminho atravessa-se o recém nomeado cônsul inglês para S. Tomé, David Lloyd Jameson, e a sua bela esposa, Ann.
A paixão por Ann e os conflitos de interesses entre os proprietários da roças e a dignidade humana dos angolanos que eram recrutados para ali trabalhar, estão no epicentro do enredo.
Não revelo mais pormenores para que a histária seja desvendada pelo leitor.
Nestas férias não perca este livro.
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