sexta-feira, setembro 03, 2004

Cultura (I) - Peça de teatro "O Gato"

Há noites que vale mesmo a pena combater a inércia de ficar em casa sentado no sofá .
No sábado, 28 de Agosto, foi uma dessa noites.
O encenador Diogo Barros, levou à cena, na Casa dos Escuteiros, a peça "O Gato", comédia em dois actos e um prólogo, da autoria de Henrique Santana.
Enquanto as luzes não se apagavam, pensei nos comentários habituais das pessoas que gostam de criticar que na Murtosa não acontece nada em termos culturais. Em grande parte, é verdade. O déficite de iniciativas culturais na Murtosa é notório. O déficite de assistência ás que acontecem também é evidente. Algumas das iniciativas que surgem são "do século passado".
Mas voltemos à peça "O Gato".
Acho que há muito tempo que não me ria com tanta satisfação e durante tanto tempo seguido.
O grupo de actores amadores está recheado de excelentes surpresas. Todos têm o seu mérito mas sou forçado a destacar os que me deixaram absolutamente surpreendido : o Vitor Tavares ( no papel de Gato Pirilau e de Carlos) , o Agostinho Martins (no papel de Professor Novais) e a Caridade Santos (no papel de Tia Carlota).
Compõem ainda o elenco : a Alice Morais (Maria de Castro), o José Caneira (António de Castro), a Elizabete Soares (Teresinha), a Fátima Cristina (Joaninha), o Sérgio Naia e o Tiago Simões (Toni), a Emília Rendeiro (Amélia), o Diogo Miguel (Romualdo) e a Maria Rebimbas (Laura Barradas).
Não vou contar a história porque a peça vai continuar em cena, proximamente tanto quanto foi anunciado, na Junta de Freguesia do Bunheiro, e aconselho vivamente, a quem gosta de passar uma noite divertida e bem passada, a não perder a oportunidade.
Tanto mais que a presença dos espectadores é o maior alento que estes actores podem receber depois de tantas horas que gastaram para levar a peça à cena.
No teatro há sempre uma equipa que trabalha escondida. Nesta também estiveram a Rosa Calado (Ponto), o Victor Santos (Contra Regra), o Gregório Oliveira (Sonoplastia), o Artur Casalinho (Luminotecnia) e o António Couto (Cenógrafo).
Todo este espectáculo não existiria sem o trabalho e a vocação do Diogo Barros e quem dou os maiores parabéns.
Não percam as próximas apresentações. Vale mesmo a pena.

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