O S. Paio da Torreira continua a ser um fenómeno de popularidade que, por uns dias, transforma aquela freguesia da Murtosa num formigueiro de animação.
Nas proximidades do Monte Branco, dos dois lados da estrada, os que não querem perder pitada da festa constituem acampamento permanente em tendas, barracas, toldos, cobertos, carrinhas de caixa aberta e fechada, roulotes e inimagináveis construções rudimentares, sobrelotadas de pessoas de todas as idades que deitam para trás das costas as dores reumáticas e os mais elementares princípios de higiene.
Os outros, que preferem penar em filas do trânsito que nem duas IC1’s a poente e três a nascente conseguiriam evitar, entram em cena depois de deixar os carros de qualquer maneira nas bermas da estrada, apesar dos esforços, alguns louváveis, das forças da ordem. É impensável haver parques de estacionamento para todos nesta enchente.
Longe daquilo que aquece as memórias dos mais antigos, ainda (só!) passaram duas “rusgas” e foi lançado fogo de artifício que, certamente limitado por um orçamento apertado, deixou as pessoas à espera que a sessão continuasse.
Mas, se pensarmos bem, gasta-se tanto dinheiro naquilo para quê?
E durante quanto tempo vão continuar os peruanos, africanos, ciganos, vendedores da banha da cobra, assadores de frangos e postas de bacalhau conservadas ao pó, estatuetas mirabolantes, malas malinhas e maletas, cuecas, peúgas e doces caseiros, a encher os passeios da avenida, mesmo à frente da porta dos moradores?
As gerações mais novas estão “noutro S. Paio”… Os donos dos bares da praia, que já compreenderam que a malta nova não está para aturar aquela barulheira avenida abaixo, montaram extensas pistas de dança e longos balcões de caipirinhas, finos e shots de todos os tipos, tamanhos e feitios.
A juventude vive outro S.Paio, que pode ser nesta data, mas diferente do do passado.
E é bom que os organizadores comecem a pensar nisso e a incluir bandas de música modernas e toda a panóplia de eventos que prende, agita e agrada aos milhares de rapazes e raparigas, que queimam os “últimos cartuchos” antes do regresso às aulas.
Senão, nos próximos anos vai continuar a haver dois S. Paios.
Um na areia, e outro na avenida.
E no futuro, poderá nem haver nenhum!
3 comentários:
Gostei deste artigo do "S.Paio new age"!
E é verdade...nos, a juventude, so vamos passear na avenida mesmo por ir..pa irmos ver as barracas..ver s arranjamos umas malinhas, uns encharpes, colarzinhos, pulseiras e aneis....pk depois vamos tds para os bares...dançar até mais não...beber uns finos, shots e exas coisas todas e de manha (ou melhor...a tarde...) acordar com uma grand dor d cabeça (isto é o trajecto de quase todos os jovens no S.Paio)! mas sao coisas aqui a malta gosta e não abdica por nada!
er...o comentário anterior e da Sara. esqueci-me de dixer ixo.
bem.. a juventude gosta dos bares, mas tb curte dar um passeiozinho na avenida..
em relaçao aos artistas k vao ao s.paio, podiam era investir em musica de kualidade e naum em artistas pimba cm smp fazem... enfim... a certeza eh k o s.paio podia ser melhor...
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