A pouco mais de um mês das eleições legislativas antecipadas, assistimos, julgo que pela 12.ª vez, ao regabofe da constituição das listas dos candidatos parlamentares.
Nunca percebi para que é preciso tanta azáfama se é certo e sabido que os cabecilhas acabam sempre por debandar para outros rumos, porventura governamentais, deixando as estiradeiras entregues a uma ilustre rapaziada que, salvo honrosas excepções, entra e sai sem que se lhes conheça o timbre da voz nem a capacidade de oratória, quanto mais o pensamento ideológico.
Os figurões concentram-se nas duas principais cidades. Quando já não conseguem suportar o cheiro a suor dos camaradas, aventuram-se por terras órfãs de celebridades com o apoio de ambiciosos e pouco exigentes presidentes de distritais.
No meio de recusas de aparecimento em cartazes, de mirabolantes relações futebolísticas, de encobrimentos derivados de processos judiciais, de facadas e rasteiras, ainda aparece um candidato a primeiro ministro a anunciar o cumprimento da promessa de preencher 1/3 das listas com mulheres. Nunca soube qual o grau de satisfação das ditas por tal prerrogativa, mas é inacreditável como continuam a imperar mentalidades que distinguem a forma do rabo que se vai assentar na cadeira em vez do potencial da caixa craniana.
Estas épocas são sempre de grande prosperidade para os accionistas dos meios de comunicação social.
Nunca percebi para que é preciso tanta azáfama se é certo e sabido que os cabecilhas acabam sempre por debandar para outros rumos, porventura governamentais, deixando as estiradeiras entregues a uma ilustre rapaziada que, salvo honrosas excepções, entra e sai sem que se lhes conheça o timbre da voz nem a capacidade de oratória, quanto mais o pensamento ideológico.
Os figurões concentram-se nas duas principais cidades. Quando já não conseguem suportar o cheiro a suor dos camaradas, aventuram-se por terras órfãs de celebridades com o apoio de ambiciosos e pouco exigentes presidentes de distritais.
No meio de recusas de aparecimento em cartazes, de mirabolantes relações futebolísticas, de encobrimentos derivados de processos judiciais, de facadas e rasteiras, ainda aparece um candidato a primeiro ministro a anunciar o cumprimento da promessa de preencher 1/3 das listas com mulheres. Nunca soube qual o grau de satisfação das ditas por tal prerrogativa, mas é inacreditável como continuam a imperar mentalidades que distinguem a forma do rabo que se vai assentar na cadeira em vez do potencial da caixa craniana.
Estas épocas são sempre de grande prosperidade para os accionistas dos meios de comunicação social.
A ordem é clara e inequívoca : livre arbítrio à imaginação das redacções para criar factos políticos em catadupa, substituindo-se aos partidos que, à falta de ideias, vão correndo a reboque a apagar os fogos ateados pelos jornais e televisões. Veja-se o caso do aumento do IVA caso o PS ganhe as eleições, quando o Pequeno Vitorino ainda não tinha chegado a esse capítulo.
À margem destas cenas ridículas perguntar-se-á : que ideias e propostas novas têm os partidos para nos propôr? Apesar de sabermos que os programas eleitorais não passam de lábia, tenho curiosidade de os ler! Haja pachorra.
À margem destas cenas ridículas perguntar-se-á : que ideias e propostas novas têm os partidos para nos propôr? Apesar de sabermos que os programas eleitorais não passam de lábia, tenho curiosidade de os ler! Haja pachorra.
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