Com a consciência de não vir tão cedo a ser governo, o Bloco de Esquerda tomou a dianteira na apresentação dos programas eleitorais que iremos votar daqui a menos de mês e meio.
Enquanto o pequeno Vitorino e o tecnocrata Mexia se esgotam a idealizar as trapaças que nos vão propor, Louçã puxou da caneta e, num ápice, escrevinhou as "Dez prioridades do BE nos primeiros 100 dias para impor a mudança".
Eu chamar-lhes-ia "As dez primeiras e últimas prioridades do BE para um governo que desaparece ao fim de 100 dias".
Não vou maçar os leitores com a demagogia que eu tive de suportar para escrever este post, tanto mais que os mais curiosos podem ler integralmente as mais de 100 páginas sobre o assunto, mas deixo aqui as principais orientações que não lembram nem ao diabo :
1.ª : Avançar com um plano de emergência para a criação de emprego através de medidas anti-recessivas de apoio ao investimento e formação profissional para desempregados de longa duração - mas será que algum empresário ia investir um cêntimo sendo o Dr. Louçã 1.º Ministro? E que raio de medidas são essas com um nome engraçadíssimo tipo receita prá tosse mas que ninguém sabe o que são? E porque é que insistem em escamotear os dramáticos números do desemprego através da formação, se depois não houver postos de trabalho? Só pode ser por se tratar de uma medida para apenas 100 dias (só que um governo tem 4 anos)!
2.ª : Alteração da lei do aborto permitindo o aborto no SNS durante as primeiras 12 semanas de gravidez, a pedido da mulher - assim, sem mais nem menos? É só pedir? O Dr. Louçã deveria depois ser responsabilizado por cada uma das jovens que viesse a sofrer graves lesões, ou mesmo a morrer, em consequência desta liberalização incondicional agora proposta! Já agora; o pai não conta?
3.ª : Reintegração dos Hospitais no Sector Público Administrativo. Reformulação de todo o sistema com a criação de um novo organismo com o nome de Administração Nacional de Saúde que implementará novas formas de gestão eficiente - mais um monstro eficiente (o que é isso no Estado?) para sorver intermináveis recursos e não alcançar resultados. Estará já o Dr. Louçã e pensar nos tachos para os seus "muchachos"?
4.ª : Revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento devendo o investimento público prioritário ser excluído na contabilidade do défice - Portugal com todo o seu explendor chega à UE e diz aos seus parceiros : "Agora quem manda somos nós. Alterem as regras porque nós queremos que assim seja!" Para quem discorda da presença de Portugal na UE não está mau!
5.ª : Levantamento do segredo bancário - concordo, Dr. Louçã. Vá em frente para ver se de uma vez se moraliza uma data de faltosos! Só é pena esta proposta não ser certamente diferente daquilo que todos os outros partidos vão propôr, e já o andam a fazer desde o tempo do Salazar.
6.ª : Legalização do 75.000 “Imigrantes” já recenseados e dos 24.000 brasileiros que esperam a resposta aos seus requerimentos - boa maneira de tentar garantir 100.000 votinhos nas próximas eleições, e de arranjar mais outros tantos desempregados em Portugal, e outros tantos ainda de ilegais que voltarão a entrar esperançados na legalização que se segue! Oh Dr. Louçã, assim é demais!
7.ª : Retirada da GNR do Iraque - boa, mas já está tratada. Fica para a próxima!
8.º : Suspensão dos exames do 9.º ano, clarificar as regras dos concursos dos professores e aumentar os quadros das escolas - mais uma medida para cativar os futuros eleitores que, nesta idade, tomaram eles não ter exames nenhuns até sairem doutores...para o desemprego, por falta de saber ler e escrever. Quanto ao resto, lá iríamos nós inchar com mais impostos para pagar a uns milhares de novos funcionários públicos.
9.ª : Abrir o acesso a Internet e limitar a concentração da comunicação social - Essa do acesso à internet, até na Murtosa já há! Quanto à comunicação social o Dr. Louçã esqueceu-se de reparar que estamos a falar de empresas privadas que não querem falar de ingerências do Estado na sua gestão sob pena de se porem a mexer daqui para fora e a criar mais uns milhares de desempregados. Economia de mercado é outra coisa; e o Dr. Louçã até é economista doutorado.
10.ª : Acabar com a abuso da prisão preventiva limitando-o a crimes de grande perigosidade ou com pena superior a 5 anos e facilitar o acesso à justiça reduzindo as custas judiciais e aumentando o apoio judiciário - por aí não vem mal ao mundo.
1.ª : Avançar com um plano de emergência para a criação de emprego através de medidas anti-recessivas de apoio ao investimento e formação profissional para desempregados de longa duração - mas será que algum empresário ia investir um cêntimo sendo o Dr. Louçã 1.º Ministro? E que raio de medidas são essas com um nome engraçadíssimo tipo receita prá tosse mas que ninguém sabe o que são? E porque é que insistem em escamotear os dramáticos números do desemprego através da formação, se depois não houver postos de trabalho? Só pode ser por se tratar de uma medida para apenas 100 dias (só que um governo tem 4 anos)!
2.ª : Alteração da lei do aborto permitindo o aborto no SNS durante as primeiras 12 semanas de gravidez, a pedido da mulher - assim, sem mais nem menos? É só pedir? O Dr. Louçã deveria depois ser responsabilizado por cada uma das jovens que viesse a sofrer graves lesões, ou mesmo a morrer, em consequência desta liberalização incondicional agora proposta! Já agora; o pai não conta?
3.ª : Reintegração dos Hospitais no Sector Público Administrativo. Reformulação de todo o sistema com a criação de um novo organismo com o nome de Administração Nacional de Saúde que implementará novas formas de gestão eficiente - mais um monstro eficiente (o que é isso no Estado?) para sorver intermináveis recursos e não alcançar resultados. Estará já o Dr. Louçã e pensar nos tachos para os seus "muchachos"?
4.ª : Revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento devendo o investimento público prioritário ser excluído na contabilidade do défice - Portugal com todo o seu explendor chega à UE e diz aos seus parceiros : "Agora quem manda somos nós. Alterem as regras porque nós queremos que assim seja!" Para quem discorda da presença de Portugal na UE não está mau!
5.ª : Levantamento do segredo bancário - concordo, Dr. Louçã. Vá em frente para ver se de uma vez se moraliza uma data de faltosos! Só é pena esta proposta não ser certamente diferente daquilo que todos os outros partidos vão propôr, e já o andam a fazer desde o tempo do Salazar.
6.ª : Legalização do 75.000 “Imigrantes” já recenseados e dos 24.000 brasileiros que esperam a resposta aos seus requerimentos - boa maneira de tentar garantir 100.000 votinhos nas próximas eleições, e de arranjar mais outros tantos desempregados em Portugal, e outros tantos ainda de ilegais que voltarão a entrar esperançados na legalização que se segue! Oh Dr. Louçã, assim é demais!
7.ª : Retirada da GNR do Iraque - boa, mas já está tratada. Fica para a próxima!
8.º : Suspensão dos exames do 9.º ano, clarificar as regras dos concursos dos professores e aumentar os quadros das escolas - mais uma medida para cativar os futuros eleitores que, nesta idade, tomaram eles não ter exames nenhuns até sairem doutores...para o desemprego, por falta de saber ler e escrever. Quanto ao resto, lá iríamos nós inchar com mais impostos para pagar a uns milhares de novos funcionários públicos.
9.ª : Abrir o acesso a Internet e limitar a concentração da comunicação social - Essa do acesso à internet, até na Murtosa já há! Quanto à comunicação social o Dr. Louçã esqueceu-se de reparar que estamos a falar de empresas privadas que não querem falar de ingerências do Estado na sua gestão sob pena de se porem a mexer daqui para fora e a criar mais uns milhares de desempregados. Economia de mercado é outra coisa; e o Dr. Louçã até é economista doutorado.
10.ª : Acabar com a abuso da prisão preventiva limitando-o a crimes de grande perigosidade ou com pena superior a 5 anos e facilitar o acesso à justiça reduzindo as custas judiciais e aumentando o apoio judiciário - por aí não vem mal ao mundo.
Bom, depois desta canseira, espero que o BE, como ainda tem tempo de fazer um programa novo, rasgue este.
Portugal até precisa de voz contestatária ... mas que não seja indecentemente demagoga.
Nem uma palavra acerca da produtividade e da necessidade de todos os cidadãos se esforçarem mais para terem um Portugal melhor.
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