A catástrofe que ocorreu no sudeste asiático tem dominado as notícias desde há praticamente quinze dias. Por aqueles países fustigados pelas consequências do violento sismo pereceram milhares e milhares de pessoas e ocorreram dramas pelos quais ninguém pensaria poder vir a passar.
Em sacos plásticos iguais se arremessaram para dentro de valas os despojos humanos de ricos e de pobres, de gente simples e de gente poderosa, de brancos e de amarelos. Tudo porque a putrefacção propaga a doença e a morte, venha ela de quem vier.
Pelos menos nestas alturas, a maior parte dos seres humanos reconhece a sua insignificância, e que um dia será reduzido a pó.
Todas as pessoas se tornam mais sensíveis e solidárias, ganhando a consciência da entreajuda que no dia a dia são capazes de recusar ao vizinho, e até mesmo à própria família.
Surgem as campanhas de solidariedade às quais poucos viram costas e, num ápice, através de simples chamadas telefónicas se atinge, num só dia, mais de um milhão de euros para ajudar as organizações não governamentais que estão no terreno a prestar auxílio.
Tudo muito certo, sem essa solidariedade a desgraça seria muito maior, pelo que é indispensável aderir.
Mas o que me causa mais perplexidade é a capacidade que os homens têm de empurrar a solidariedade que possuem intrinsecamente para um cantinho bem recuado dentro do pensamento quotidiano.
No fundo, pergunto-me porque é que somos muito mais capazes de ajudar um desconhecido do que alguém que está próximo, às vezes mesmo ao nosso lado!
A questão fulcral é que acreditamos incondicionalmente no bom destino que os desconhecidos vão dar aos nossos donativos e tememos sempre que, em relação aos conhecidos, venhamos a conhecer que desperdiçaram o nosso apoio.
É por isso que só nos grandes vultos da generosidade humana há a verdadeira solidariedade despretensiosa.
Em sacos plásticos iguais se arremessaram para dentro de valas os despojos humanos de ricos e de pobres, de gente simples e de gente poderosa, de brancos e de amarelos. Tudo porque a putrefacção propaga a doença e a morte, venha ela de quem vier.
Pelos menos nestas alturas, a maior parte dos seres humanos reconhece a sua insignificância, e que um dia será reduzido a pó.
Todas as pessoas se tornam mais sensíveis e solidárias, ganhando a consciência da entreajuda que no dia a dia são capazes de recusar ao vizinho, e até mesmo à própria família.
Surgem as campanhas de solidariedade às quais poucos viram costas e, num ápice, através de simples chamadas telefónicas se atinge, num só dia, mais de um milhão de euros para ajudar as organizações não governamentais que estão no terreno a prestar auxílio.
Tudo muito certo, sem essa solidariedade a desgraça seria muito maior, pelo que é indispensável aderir.
Mas o que me causa mais perplexidade é a capacidade que os homens têm de empurrar a solidariedade que possuem intrinsecamente para um cantinho bem recuado dentro do pensamento quotidiano.
No fundo, pergunto-me porque é que somos muito mais capazes de ajudar um desconhecido do que alguém que está próximo, às vezes mesmo ao nosso lado!
A questão fulcral é que acreditamos incondicionalmente no bom destino que os desconhecidos vão dar aos nossos donativos e tememos sempre que, em relação aos conhecidos, venhamos a conhecer que desperdiçaram o nosso apoio.
É por isso que só nos grandes vultos da generosidade humana há a verdadeira solidariedade despretensiosa.
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