sábado, março 19, 2005

Táxis: 5 - Público:15

Desde que as obras começaram, tenho evitado passar pela praça de Pardelhas e pelas ruas que ali vão desembocar.
Infelizmente para muitas pessoas, a demora na execução daquela obra já ultrapassou o tempo razoável e os incómodos transformaram-se em sacrifícios.
Apesar de não ser sensato fazer um comentário definitivo ao arranjo há, no entanto, alguns aspectos que, por se terem tornado definitivos, podem já ser apreciados.
É do senso comum que Pardelhas era, há muito, deficitária em lugares de estacionamento.
Se mal estava pior ficou.
Os lugares na zona central ficaram reduzidos a 20 : 7 entre a ourivesaria e o café, outros 7 em frente ao edifício Venezuela, e 6 junto à papelaria.
Não questiono a opção de reduzir o estacionamento tanto mais que considero saudável incrementar a circulação pedonal desde que existam alternativas relativamente próximas para parquear, como é o caso.
Agora o que já não compreendo é como no meio desta restrição ficaram 5 lugares reservados para táxis.
Nada obriga a que os táxis tenham de estacionar exactamente no centro.
Não há nada que possa atestar que a deslocalização dos táxis, por exemplo para junto da igreja ou dos correios, implique uma diminuição dos serviços.
Agora o que ninguém vai compreender é que quem quiser ir rapidamente a um banco não tenha um sítio para deixar o carro durante 10 minutos, ainda que tivesse de pagar alguns cêntimos num parquímetro, e estejam ali uma mão cheia de lugares atribuídos em permanência, nalguns casos literalmente vazios por largos períodos de tempo.
O futuro vai provar que a opção tomada foi muito mal equacionada e o abandono a que vai sendo votado o centro da vila vai crescer, com claro declínio de movimento de pessoas.

5 comentários:

Anónimo disse...

Também estou a espera para ver se vou aplaudir ou não a solução encontrada pela nossa Cãmara...a ver vamos...

Anónimo disse...

A nova Praça de Pardelhas vai ficar má para os militantes do Partido Comodista, à semelhança do que aconteceu nos concelhos vizinhos.
Prevejo é muitas dificuldades em acomodar alternativamente o fluxo de trânsito que existe.

João Cruz disse...

Inevitável e necessariamente corajosa medida que tem de ser tomada.

Anónimo disse...

O Zé Luis Horta do quiosque, pelas suas limitações físicas, merecia que lhe reservassem um lugar de estacionamento.

João Cruz disse...

Excelente observação não só no que respeita ao indivíduo em causa, mas pela constatação de não existir em toda a praça pelo menos um lugar destinado exclusivamente a deficientes.