Nenhuma pessoa que viva nos Concelhos que confinam com a Ria de Aveiro é capaz de ficar indiferente ao abandono a que esta tem sido votada nos últimos anos.
Pelo facto de ter trabalhado perto sete anos na Junta Autónoma do Porto de Aveiro (posteriormente transformada em Administração do Porto de Aveiro, S.A.), conheci a realidade da Ria e os custos que envolvem a sua conservação bem de perto.
Na verdade, nunca houve uma real estratégia para a gestão da Ria e a única grande intervenção que foi convenientemente estudada ficou-se, infelizmente, pela 1.ª fase da obra, redundando num dispêndio inútil de quase oitocentos mil contos que para nada serviram.
Pelo facto de ter trabalhado perto sete anos na Junta Autónoma do Porto de Aveiro (posteriormente transformada em Administração do Porto de Aveiro, S.A.), conheci a realidade da Ria e os custos que envolvem a sua conservação bem de perto.
Na verdade, nunca houve uma real estratégia para a gestão da Ria e a única grande intervenção que foi convenientemente estudada ficou-se, infelizmente, pela 1.ª fase da obra, redundando num dispêndio inútil de quase oitocentos mil contos que para nada serviram.
Muitas pessoas apenas referem que o desassoreamento foi desastroso e mal feito, sem perceber as consequências da não execução das 2.ª e 3.ª fases.
Quanto ao estado actual da laguna, por um lado, as contínuas obras no porto comercial tiveram reflexos danosos irremediáveis no futuro da Ria. Por outro, o abandono da actividade por parte dos moliceiros ditou o agravamento dum crescente assoreamento que se afigurava inevitável.
Ouvi durante muitos anos diversos autarcas a opinar acerca do que devia ser feito para manter a Ria viva. Serão muito raros os que hoje poderão afirmar que terão passado das palavras de circunstância aos actos concretos.
Continua-se hoje, e bem, a exigir que os sucessivos governos dêem sequência ao que foi legislado sobre a criação da tal Entidade Gestora da Ria de Aveiro.
Na realidade essa Entidade não passará de uma “figura de estilo” a não ser que consiga convencer o governo a canalizar uma verba inicial que estimo se venha a situar perto dos 50 milhões de euros para as obras de revitalização da Ria.
Quanto ao estado actual da laguna, por um lado, as contínuas obras no porto comercial tiveram reflexos danosos irremediáveis no futuro da Ria. Por outro, o abandono da actividade por parte dos moliceiros ditou o agravamento dum crescente assoreamento que se afigurava inevitável.
Ouvi durante muitos anos diversos autarcas a opinar acerca do que devia ser feito para manter a Ria viva. Serão muito raros os que hoje poderão afirmar que terão passado das palavras de circunstância aos actos concretos.
Continua-se hoje, e bem, a exigir que os sucessivos governos dêem sequência ao que foi legislado sobre a criação da tal Entidade Gestora da Ria de Aveiro.
Na realidade essa Entidade não passará de uma “figura de estilo” a não ser que consiga convencer o governo a canalizar uma verba inicial que estimo se venha a situar perto dos 50 milhões de euros para as obras de revitalização da Ria.
É pois, por isso, interessante perceber até que ponto as forças políticas estão dispostas a fazer mais alguma coisa do que pedir ao governo que crie uma entidade que no fundo pode não passar de uma "nado morto" ou do que um "bode expiatório".
É que o principal problema é que se a Ria fosse um simples campo de futebol utilizado no famigerado Euro 2004 já as questões que nos preocupam estavam resolvidas.
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