Tempos houveram em que as campanhas eleitorais passavam obrigatoriamente por uma visita dos candidatos a algumas das Associações do Concelho, dando com isso um sinal do valor que conferiam ao movimento associativo dos cidadãos da sua terra em prol de objectivos comunitários.
Até em eleições legislativas, este gesto simbólico era levado a peito. Lembro-me por exemplo da visita do ex-ministro da Defesa Paulo Portas ao Quartel de Bombeiros, em 1995, onde até se fez sócio. Pena foi que só tivesse pago a quota desse ano e nunca mais tivesse querido saber da Associação para nada.
Nos dias que correm, e referindo-me especificamente ao período da campanha autárquica, este anterior interesse pela vida associativa, deu lugar a um silêncio ensurdecedor.
Este alheamento dos responsáveis políticos em relação ao movimento associativo é também acompanhado pelo desinteresse dos murtoseiros na participação nos órgãos sociais e nas assembleias gerais que estes promovem.
Estranhamente, o movimento associativo que é responsável por grande parte do pulsar do Concelho ao nível do desporto, da cultura, do lazer, e em simultâneo, da resolução de muitos problemas sociais, não colhe o necessário apoio da sociedade para o desenvolvimento das suas missões estatutárias.
Nalguns casos, a robustez financeira é simultaneamente uma desculpa para transformar o desinteresse em despreocupação, que sempre é um epíteto mais ligeiro.
Ora, vale a pena perguntar o que seria a Murtosa sem as suas Associações?
Para que isso nunca possa vir a acontecer é necessário, do meu ponto de vista, que se proporcionem dois movimentos.
Por um lado, que as cerca de duas dezenas de Instituições associativas se organizem numa Federação de Associações do Concelho da Murtosa para que mais facilmente se façam ouvir junto das Autarquias e, simultaneamente, se apoiem e entre ajudem.
Por outro, que a Câmara e as Juntas de Freguesia encontrem naquelas Instituições a sua base mais sólida de dinamização das tradições e dos interesses comuns das populações.
Este combate ao individualismo, dando prioridade ao colectivismo associativo é um desafio que os autarcas que saírem das próximas eleições deviam levar a sério nos próximos quatro anos.
Até em eleições legislativas, este gesto simbólico era levado a peito. Lembro-me por exemplo da visita do ex-ministro da Defesa Paulo Portas ao Quartel de Bombeiros, em 1995, onde até se fez sócio. Pena foi que só tivesse pago a quota desse ano e nunca mais tivesse querido saber da Associação para nada.
Nos dias que correm, e referindo-me especificamente ao período da campanha autárquica, este anterior interesse pela vida associativa, deu lugar a um silêncio ensurdecedor.
Este alheamento dos responsáveis políticos em relação ao movimento associativo é também acompanhado pelo desinteresse dos murtoseiros na participação nos órgãos sociais e nas assembleias gerais que estes promovem.
Estranhamente, o movimento associativo que é responsável por grande parte do pulsar do Concelho ao nível do desporto, da cultura, do lazer, e em simultâneo, da resolução de muitos problemas sociais, não colhe o necessário apoio da sociedade para o desenvolvimento das suas missões estatutárias.
Nalguns casos, a robustez financeira é simultaneamente uma desculpa para transformar o desinteresse em despreocupação, que sempre é um epíteto mais ligeiro.
Ora, vale a pena perguntar o que seria a Murtosa sem as suas Associações?
Para que isso nunca possa vir a acontecer é necessário, do meu ponto de vista, que se proporcionem dois movimentos.
Por um lado, que as cerca de duas dezenas de Instituições associativas se organizem numa Federação de Associações do Concelho da Murtosa para que mais facilmente se façam ouvir junto das Autarquias e, simultaneamente, se apoiem e entre ajudem.
Por outro, que a Câmara e as Juntas de Freguesia encontrem naquelas Instituições a sua base mais sólida de dinamização das tradições e dos interesses comuns das populações.
Este combate ao individualismo, dando prioridade ao colectivismo associativo é um desafio que os autarcas que saírem das próximas eleições deviam levar a sério nos próximos quatro anos.
Por estranho que pareça, e pedindo desde já desculpa se estiver a ser injusto em relação a alguém, não tenho ideia de ter lido alguma referência nos manifestos que li ao apoio que quererão dar ao movimento das Associações.
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