Jean-Claude Trichet, o presidente do Banco Central Europeu, confirmou ontem aquilo que estava anunciado há algumas semanas : a subida em 25 pontos base da taxa das operações principais de refinanciamento.
Esta medida, que de acordo com os conceitos básicos da economia vai contrariar a subida de inflação, não vai resolver nada na resolução dos problemas de crescimento económico e de criação de emprego da europa. Não passa de uma afirmação da independência do BCE que vai custar muito caro aos europeus.
Em termos práticos, e reportando aquilo que afecta directamente os cidadãos da zona euro, a taxa Euribor à qual estão indexados os empréstimos mais frequentes subiu 0,25 %. Grosso modo, este aumento representa uma subida de cerca de 5% no valor global do empréstimo à habitação. Como o BCE admite que até ao fim do próximo ano a taxa de referência ainda possa ter uma subida de mais 0,75 %, fixando-se nos 3%, todos irão sentir fortemente o impacto desta decisão. Quanto aos empréstimos relativos à compra de casa própria, olha-se de novo para as opções de dilatação do prazo dos empréstimos (há bancos que já os facultam até aos 80 anos de idade) ou ao pedido de carência do pagamento de capital nos primeiros cinco a dez anos. São medidas práticas mas que mais não são do que um adiamento dos problemas.
Cortar noutros gastos, sobretudo na aquisição de bens de consumo corrente, vai ser obrigatório para toda a gente, sobretudo os mais jovens.
É neste contexto que não consigo entender a recente implantação de grandes superfícies de consumo de equipamentos de electrónica e electrodomésticos, bricolage, brinquedos e sei lá que mais, na região de Aveiro.
Incentivar o pagamento a prestações é a especialialidade destas grandes superfícies com apuradas técnicas de dinamização do consumo privado.
É preciso não esquecer é que esses empréstimos também estão indexados à Euribor, e que a tendência desta é crescer ainda mais.
Será preciso por isso aprender a resistir à pressão da publicidade. Caso contrário...
Esta medida, que de acordo com os conceitos básicos da economia vai contrariar a subida de inflação, não vai resolver nada na resolução dos problemas de crescimento económico e de criação de emprego da europa. Não passa de uma afirmação da independência do BCE que vai custar muito caro aos europeus.
Em termos práticos, e reportando aquilo que afecta directamente os cidadãos da zona euro, a taxa Euribor à qual estão indexados os empréstimos mais frequentes subiu 0,25 %. Grosso modo, este aumento representa uma subida de cerca de 5% no valor global do empréstimo à habitação. Como o BCE admite que até ao fim do próximo ano a taxa de referência ainda possa ter uma subida de mais 0,75 %, fixando-se nos 3%, todos irão sentir fortemente o impacto desta decisão. Quanto aos empréstimos relativos à compra de casa própria, olha-se de novo para as opções de dilatação do prazo dos empréstimos (há bancos que já os facultam até aos 80 anos de idade) ou ao pedido de carência do pagamento de capital nos primeiros cinco a dez anos. São medidas práticas mas que mais não são do que um adiamento dos problemas.
Cortar noutros gastos, sobretudo na aquisição de bens de consumo corrente, vai ser obrigatório para toda a gente, sobretudo os mais jovens.
É neste contexto que não consigo entender a recente implantação de grandes superfícies de consumo de equipamentos de electrónica e electrodomésticos, bricolage, brinquedos e sei lá que mais, na região de Aveiro.
Incentivar o pagamento a prestações é a especialialidade destas grandes superfícies com apuradas técnicas de dinamização do consumo privado.
É preciso não esquecer é que esses empréstimos também estão indexados à Euribor, e que a tendência desta é crescer ainda mais.
Será preciso por isso aprender a resistir à pressão da publicidade. Caso contrário...
Sem comentários:
Enviar um comentário