domingo, janeiro 22, 2006

As presidenciais chegaram ao fim

Portugal elegeu à primeira volta Aníbal Cavaco Silva para Presidente da República nos próximos cinco anos.
Amanhã tudo voltará ao normal, isto é : voltaremos a ter de enfrentar as mesmas dificuldades e os problemas de ontem. Custa-me, talvez por isso, entender as manifestações de regozijo pela vitória, da mesma forma que ainda mais me custaria entender idênticas atitudes se tivesse havido uma segunda volta.
Destas eleições penso que se podem tirar algumas ilações.
Pela positiva destaco a vitória da cidadania popular sobre a lógica do sistema partidário. Os partidos são indispensáveis à democracia mas esta não se esgota neles. Manuel Alegre relembrou esta realidade a todos aqueles que vêem nos partidos a melhor forma de se promoverem e de retirarem vantagens pessoais.
Pela negativa, distingo as campanhas que deram um ênfase doentio ao ataque pessoal em detrimento das suas próprias propostas. Mário Soares, Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa personalizaram essa atitude.
Pouco mais de metade dos eleitores que foram às urnas preferiram que o próximo presidente seja um homem que entenda a fundo as questões económicas e financeiras. É um facto bem elucidativo de que a sociedade está muito preocupada com o futuro e que não são as frases que tanto têm de bonitas como de insensatas que, por ora, mais interessam.
Amanhã é um outro dia. Espero que Cavaco Silva incentive e apoie o governo a tomar medidas que façam este País crescer. É disso que Portugal e os portugueses mais precisam.
Pouco importa quem ganhou e quem perdeu. Uns e outros estão à vista de todos mesmo que nos queiram fazer crer o contrário.

Sem comentários: