O governo pretende aprovar legislação que institucionalize a troca de seringas nas prisões.
Sendo do conhecimento público que circula droga nas prisões portuguesas, o governo prefere que os reclusos se injectem de uma forma segura em vez de utilizarem seringas que potenciem outras doenças de maior gravidade.
Os guardas prisionais estão em aberta oposição a esta medida argumentando que os riscos da sua profissão se tornarão muito maiores com esta medida e que a “seringa” se pode transformar numa arma dos detidos.
Se pensarmos na razão pela qual um indivíduo qualquer é preso somos levados a concluir que tal se deve a um desvio de comportamento que põe em risco a segurança da sociedade e/ou o cumprimento da lei.
Nessa perspectiva, a prisão deverá obrigatoriamente servir para corrigir esse desvio. Os cidadãos são solidários com esse princípio ao contribuir através dos seus impostos para as despesas das cadeias.
Enquanto não for despenalizado o consumo de droga, este continuará a ser crime e continuará a ser punido como tal. O mesmo se passará com o tráfico e a venda.
Ora se é bem verdade que nenhum governo foi capaz até agora de acabar com o flagelo da droga, talvez já não seja tão difícil acabar com o consumo da droga nas prisões se houver efectivamente determinação para o fazer.
Agora, acredito que seja mais fácil e mais barato tomar esta atitude do que tratar os reclusos viciados.
Há coisas que mais valia não mexer para não estragar ainda mais.
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