A propósito do apontamento no blog Santa Terrinha sobre a notícia saída ontem no jornal “O Público” Câmara da Feira Vai Pôr Processos de Obras na Internet, trago de novo ao debate a questão da transparência dos serviços públicos que os políticos em geral propagandeiam mas que muito poucos fazem algo para a pôr na prática.
Há cerca de doze anos tive oportunidade de ver colocado, na Câmara de Matosinhos, um posto informático no átrio de entrada principal do edifício onde o munícipe, munido do respectivo número camarário do processo de obra, podia saber em que pé este se encontrava (gabinete técnico para apreciação, fiscalização, vereador do pelouro, a aguardar despacho, etc).
Da conversa que tive na altura com as pessoas que implementaram este procedimento, pude verificar que o mesmo encontrou forte oposição interna na divisão de obras, uma vez que passava a poder controlar os processos “tipo pepe rápido” e os processos “tipo alentejano”, quantos processos eram despachados pelos serviços ao “dia, semana, mês, ano, etc”, se havia os chamados “vetos de gaveta”, enfim, tudo aquilo que toda a gente sabe que existe mas que só se comenta “à porta fechada”.
Para quem trabalha em empresas modernas, sabe que a avaliação constante da quantidade e qualidade do trabalho produzido por cada pessoa é uma realidade incontornável que os chefes, os directores ou os patrões querem saber a toda hora, já que fim do mês os salários não caem do céu (leia-se dos impostos dos portugueses).
É isso, do meu ponto de vista, que faz muita falta ser implementado nos serviços públicos : processos de aferição e de avaliação dos tempos de execução e qualidade das tarefas. Só assim se saberá alguma vez se há funcionários a mais ou a menos, trabalho excessivo ou de relax, e procedimentos transparentes ou obscuros.
Com as possibilidades informáticas que hoje existem, com financiamentos tipo aveirodigital e outros afins, sabemos que nem todos podem andar à mesma velocidade como a Câmara da Feira, mas satisfazermo-nos ou não nos questionarmos ao menos com a possibilidade de mudança, é assumir a submissão àquilo a que vulgarmente se chama “as forças de bloqueio”.
Há cerca de doze anos tive oportunidade de ver colocado, na Câmara de Matosinhos, um posto informático no átrio de entrada principal do edifício onde o munícipe, munido do respectivo número camarário do processo de obra, podia saber em que pé este se encontrava (gabinete técnico para apreciação, fiscalização, vereador do pelouro, a aguardar despacho, etc).
Da conversa que tive na altura com as pessoas que implementaram este procedimento, pude verificar que o mesmo encontrou forte oposição interna na divisão de obras, uma vez que passava a poder controlar os processos “tipo pepe rápido” e os processos “tipo alentejano”, quantos processos eram despachados pelos serviços ao “dia, semana, mês, ano, etc”, se havia os chamados “vetos de gaveta”, enfim, tudo aquilo que toda a gente sabe que existe mas que só se comenta “à porta fechada”.
Para quem trabalha em empresas modernas, sabe que a avaliação constante da quantidade e qualidade do trabalho produzido por cada pessoa é uma realidade incontornável que os chefes, os directores ou os patrões querem saber a toda hora, já que fim do mês os salários não caem do céu (leia-se dos impostos dos portugueses).
É isso, do meu ponto de vista, que faz muita falta ser implementado nos serviços públicos : processos de aferição e de avaliação dos tempos de execução e qualidade das tarefas. Só assim se saberá alguma vez se há funcionários a mais ou a menos, trabalho excessivo ou de relax, e procedimentos transparentes ou obscuros.
Com as possibilidades informáticas que hoje existem, com financiamentos tipo aveirodigital e outros afins, sabemos que nem todos podem andar à mesma velocidade como a Câmara da Feira, mas satisfazermo-nos ou não nos questionarmos ao menos com a possibilidade de mudança, é assumir a submissão àquilo a que vulgarmente se chama “as forças de bloqueio”.
E se isto ferir susceptibilidades, dará que pensar.
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