Já por diversas vezes ouvi dizer que é escasso o número de investidores na Murtosa, que há falta de coragem, que os preços dos terrenos são demasiadamente caros face a outras propostas aqui bem perto, que não há condições aceitáveis de infra-estruturas, que os acessos são maus, que não há trabalhadores qualificados, enfim, um sem número de razões, umas mais válidas do que outras, que realmente parecem afastar os empresários desta terra.
No entanto, e não querendo desvalorizar os aspectos que anteriormente referi, que são absolutamente fundamentais à tomada de qualquer decisão de investimento, julgo que os murtoseiros também não têm dado mostras de incentivar com a sua presença os poucos empresários com dimensão, capacidade e saber para criar estruturas inovadoras e postos de trabalho.
Numa zona onde quase toda a gente é unânime em afirmar que o turismo é o único caminho possível para o nosso desenvolvimento, nasceu, há uns anos atrás, o empreendimentos dos Jardins da Ria que reune condições ímpares para a prática de desporto e para o lazer.
Mas basta frequentar as instalações desportivas com alguma regularidade para verificar que quase ninguém se dispõe a usufruir delas, não sendo sequer o preço desculpa ou razão para que tal aconteça.
Por outro lado, e a título de exemplo, ainda recentemente, no jantar que assinalou o dia dos namorados, apenas dois casais da Murtosa escolheram aquele local para jantar, rodeados de pessoas de Ovar, Estarreja, Avanca e sei lá mais de onde, que não deixaram de elogiar ambiente, o gosto e o prazer com que foram acolhidos.
Será possível que se queira ter na Murtosa bons projectos turísticos achando-se que eles podem subsistir sem clientes locais?
Quem estará alguma vez disposto a fazer uma grande aplicação financeira sabendo que a população local não pode proporcionar o mínimo retorno nem se empenha em manter as instalações vivas e com actividade?
Como é que alguém pode manter o ânimo em querer fazer mais e melhor se não há procura?
Captar instalações sem que depois ninguém se interesse por usufruir delas, é meio caminho andado para que mais nenhum empresário queira olhar para a Murtosa com outros olhos.
No entanto, e não querendo desvalorizar os aspectos que anteriormente referi, que são absolutamente fundamentais à tomada de qualquer decisão de investimento, julgo que os murtoseiros também não têm dado mostras de incentivar com a sua presença os poucos empresários com dimensão, capacidade e saber para criar estruturas inovadoras e postos de trabalho.
Numa zona onde quase toda a gente é unânime em afirmar que o turismo é o único caminho possível para o nosso desenvolvimento, nasceu, há uns anos atrás, o empreendimentos dos Jardins da Ria que reune condições ímpares para a prática de desporto e para o lazer.
Mas basta frequentar as instalações desportivas com alguma regularidade para verificar que quase ninguém se dispõe a usufruir delas, não sendo sequer o preço desculpa ou razão para que tal aconteça.
Por outro lado, e a título de exemplo, ainda recentemente, no jantar que assinalou o dia dos namorados, apenas dois casais da Murtosa escolheram aquele local para jantar, rodeados de pessoas de Ovar, Estarreja, Avanca e sei lá mais de onde, que não deixaram de elogiar ambiente, o gosto e o prazer com que foram acolhidos.
Será possível que se queira ter na Murtosa bons projectos turísticos achando-se que eles podem subsistir sem clientes locais?
Quem estará alguma vez disposto a fazer uma grande aplicação financeira sabendo que a população local não pode proporcionar o mínimo retorno nem se empenha em manter as instalações vivas e com actividade?
Como é que alguém pode manter o ânimo em querer fazer mais e melhor se não há procura?
Captar instalações sem que depois ninguém se interesse por usufruir delas, é meio caminho andado para que mais nenhum empresário queira olhar para a Murtosa com outros olhos.
2 comentários:
O problema é que uma estrutuara como os Jardins da Ria não é só e exclusivamente uma unidade hoteleira, actividade essa que, compreensivelmente, é mais vocacionada para pessoas de fora.
No caso do ginásio, piscina e afins, não há nenhuma outra opção na Murtosa, e pura e simplesmente as pessoas não vão. Quem pode estar disposto a manter uma estrutura dessas, com professor, equipamentos, etc, para meia dúzia de nativos?
Agora se as pessoas não vão, fazem-no porquê? Porque é longe? Porque não gostam? Porque é caro?
Convinha saber, não vão um dia construir uma piscina no Concellho para estar às moscas.
Passa por esta gente dar a cara pela terra que habitam e dignifica-la, não pensar para dentro e pensar que os outros é que têm a obrigação de o fazer. Como já tenho reparado, por aqui há poucas iniciativas e as que há têm pouca afluência ou são abafadas à nascença....
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