domingo, julho 24, 2005

Será que volta?

Mostra-nos a história que muitos portugueses serão eternamente convictos sebastianistas.
Não que o rei por quem esperam seja o desaparecido na batalha de Alcácer Quibir, nos anos idos de 1578.
Agora, sua alteza, não é tão jovem, nem devolverá a Portugal o esplendor perdido naquele tempo.
Órfã de vultos notáveis, a esquerda socialista implora pelo regresso ao passado.
Não será preciso grande esforço para convencer o visado, pois o discernimento de alguns já não é o que era!
A esquerda, mais à esquerda, apanhada de surpresa por tamanha insensatez, gagueja perante a antevisão do fantasma e prepara-se para engolir de novo um enorme sapo que regurgitará de seguida para não asfixiar enojada.
Depois dos generais mais jovens terem mostrado receio de se bater com “o que nunca tem dúvidas e raramente se engana”, depois da poesia não ter sido suficiente para encantar os mais cépticos, sobra agora o velho rei da selva.
Pensarão os seus fiéis apoiantes : alguém duvida que Soares é o mais forte e o mais bem preparado para enfrentar Cavaco?
Dirão os seus detractores : não haverá ninguém aí com menos uma trintena de anos no seio de uma maioria tão confortável?
Entre os que não são apoiantes nem detractores, fica a sensação de uma sociedade abalada, sem genica, que não é capaz de se renovar e de apresentar caras novas com vigor para vencer .
E o que será de nós quando estes morrerem?
Morremos também?

1 comentário:

kimikkal disse...

Só uma questão: Qual deles é o D. Sebastião? Afinal ambos estão afastados da política activa nacional desde 1996...

Como diz Miguel Sousa Tavares, preocupante é a falta de alternativas a estes dois "titãs", o que poderá dizer algo da qualidade das gerações políticas posteriores a eles.