No rescaldo das autárquicas podem ser retiradas ilações ao gosto de cada um sobre os motivos que conduziram aos resultados verificados e as consequências que os mesmos devem provocar ao nível partidário local, sobretudo para que a história não se repita no caso dos perdedores.
Algumas serão gratuitas, sem grandes fundamentos lógicos, e conhecidas como "vitórias de Pirro", expressando conquistas em que as perdas do vencedor são tão grandes quanto as do perdedor. Quanto aos verdadeiros ganhos…às vezes até parece que não contam para o caso.
Um dos concelhos onde os resultados devem ser vistos com particular atenção é o de Aveiro, não só por ser a capital de distrito mas, e sobretudo, porque há aspectos novos na atitude dos eleitores que acabaram por provocar uma inesperada e surpresa vitória da coligação PSD/CDS-PP.
Carlos Candal dizia um destes dias que o povo de Aveiro cometeu uma das maiores injustiças da história para com Alberto Souto.
Percebo que Candal, formado na escola da velha política onde primeiro se fazem as obras e depois logo se vê como se vão pagar, tenha ficado agastado com o povo aveirense. Talvez Alberto Souto não tenha ficado tão surpreso.
A construção do Estádio Municipal de Aveiro foi um desastre financeiro com repercussões gigantescas nas finanças municipais e a engenharia financeira da conversão de dívida de curto prazo em dívida de médio-longo prazo só engana quem quer ser enganado.
Basta pensarmos nas nossas despesas caseiras para percebermos que quando se gasta mais do que o que se ganha, podemos momentaneamente enganarmo-nos a nós próprios com os cartões de crédito e as contas-ordenado mas, mais tarde ou mais cedo, chegará a hora de pagar o capital, depois dos juros já nos terem consumido as entranhas.
Em muitas Câmaras Municipais, a ânsia de apresentar obra feita tem levado muitos autarcas a assumir encargos insuportáveis.
Alberto Souto descobriu uma solução para o grave problema financeiro da sua Câmara : aumentar o IMI e as derramas para o máximo permitido por lei, e apresentou essa proposta à Assembleia Municipal.
O povo de Aveiro deu um sinal claro aos políticos locais: está farto de suportar sacrifícios com a construção de elefantes brancos e outras imbecilidades para gáudio dos políticos.
Algumas empresas disseram adeus à cidade das salinas e esperam por melhores dias.
Este aviso do povo de Aveiro tem, para mim, um especial significado tanto para o governo como para os autarcas : daqui para a frente, e logo que seja pedido mais um sacrifício, o povo vai prestar mais atenção aos gastos desmedidos e às obras de fachada.
O governo deve repensar a idiota insistência do novo aeroporto da Ota e do TGV.
Os autarcas devem repensar tudo aquilo que é dispensável, ainda que seja bonito e agradável à vista.
Melhores tempos virão… mas por agora é bom que não seja só o povo, verdadeiramente, a apertar o cinto.
Algumas serão gratuitas, sem grandes fundamentos lógicos, e conhecidas como "vitórias de Pirro", expressando conquistas em que as perdas do vencedor são tão grandes quanto as do perdedor. Quanto aos verdadeiros ganhos…às vezes até parece que não contam para o caso.
Um dos concelhos onde os resultados devem ser vistos com particular atenção é o de Aveiro, não só por ser a capital de distrito mas, e sobretudo, porque há aspectos novos na atitude dos eleitores que acabaram por provocar uma inesperada e surpresa vitória da coligação PSD/CDS-PP.
Carlos Candal dizia um destes dias que o povo de Aveiro cometeu uma das maiores injustiças da história para com Alberto Souto.
Percebo que Candal, formado na escola da velha política onde primeiro se fazem as obras e depois logo se vê como se vão pagar, tenha ficado agastado com o povo aveirense. Talvez Alberto Souto não tenha ficado tão surpreso.
A construção do Estádio Municipal de Aveiro foi um desastre financeiro com repercussões gigantescas nas finanças municipais e a engenharia financeira da conversão de dívida de curto prazo em dívida de médio-longo prazo só engana quem quer ser enganado.
Basta pensarmos nas nossas despesas caseiras para percebermos que quando se gasta mais do que o que se ganha, podemos momentaneamente enganarmo-nos a nós próprios com os cartões de crédito e as contas-ordenado mas, mais tarde ou mais cedo, chegará a hora de pagar o capital, depois dos juros já nos terem consumido as entranhas.
Em muitas Câmaras Municipais, a ânsia de apresentar obra feita tem levado muitos autarcas a assumir encargos insuportáveis.
Alberto Souto descobriu uma solução para o grave problema financeiro da sua Câmara : aumentar o IMI e as derramas para o máximo permitido por lei, e apresentou essa proposta à Assembleia Municipal.
O povo de Aveiro deu um sinal claro aos políticos locais: está farto de suportar sacrifícios com a construção de elefantes brancos e outras imbecilidades para gáudio dos políticos.
Algumas empresas disseram adeus à cidade das salinas e esperam por melhores dias.
Este aviso do povo de Aveiro tem, para mim, um especial significado tanto para o governo como para os autarcas : daqui para a frente, e logo que seja pedido mais um sacrifício, o povo vai prestar mais atenção aos gastos desmedidos e às obras de fachada.
O governo deve repensar a idiota insistência do novo aeroporto da Ota e do TGV.
Os autarcas devem repensar tudo aquilo que é dispensável, ainda que seja bonito e agradável à vista.
Melhores tempos virão… mas por agora é bom que não seja só o povo, verdadeiramente, a apertar o cinto.
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