terça-feira, março 20, 2007

O Fim à vista!

Ontem o CDS/PP desatou à chapada interna. Paulo Portas, entrincheirado num bem recheado séquito de rapazes que vivem da política “entachada”, ou à procura do ambicionado lugar ao sol da inutilidade, virou de novo o partido em pantanas.
Curiosamente, há uns dias atrás, outro “enfant terrible”, Santana Lopes, insinuava durante o debate à direita patrocinado pelo Partido da Nova Democracia de Manuel Monteiro (outra criação do Portas), que o espectro político do centro-direita iria sofrer brevemente profundas convulsões para se reorganizar e enfrentar os socialistas de uma forma mais acutilante e vigorosa.
E aí estão eles de novo a tomar conta da oposição.
Pudera, com um Marques Mendes em quem ninguém acredita ser capaz de dizer mais do que algumas atoardas que uns e outros lhe bichanam por detrás dos generosos pavilhões auriculares, não é difícil.
Aliás, é um exemplo acabado de uma certa classe dita política que nunca fez outra coisa na vida senão…viver da política, à custa dela, influenciando por ela, tirando dividendos dela.
Ouvir estas pessoas falar de indústria, de tecnologias, de exportações, de crescimento económico e de sacrifícios, só pode dar vontade de rir, porque nenhuma delas fez o que quer que fosse por nenhum desses temas da sociedade portuguesa.
Por enquanto o Santana e o Portas ainda não mudaram de partido. Outros o fizeram e agora não hesitam em aparecer à frente de outros partidos como se de seitas se tratassem.
A memória curta dos portugueses em geral também para isso contribui.
Os políticos precisam de palcos para aparecer em público tanto como o hemofílico precisa da diálise.
Por isso criam-se factos, festas, encontros mais ou menos teatrais, não pela importância, trabalho ou sacrifício pessoal dos verdadeiros intervenientes nesses acontecimentos, mas apenas para criar palcos, suscitar palmas, e prometer mais encontros que perpetuem os mesmos políticos no poder.
De vento em popa navega o impulsivo Sócrates, sem que ninguém se lhe oponha com determinação ainda que nos tirem a todos por completo o direito aos miseráveis cuidados de saúde que ainda tínhamos.
Ainda por cima o homem e o seu ajudante de campo conseguiram num só ano baixar o défice de 6,2 para 3,9%! Pasme-se perante o feito. Por este andar, e com esta média, no fim do mandato estaremos a zeros ou mesmo com superávit!
O Iva deve estar a 25%, as urgências só devem existir em locais onde haja pelo menos 10.000 episódios por noite, as escolas primárias (à pala das cartas educativas) só funcionarão nos concelhos onde sobrevivam mais de 500 crianças louras de olhos azuis, mas o deficit terá chegado ao fim.
E nós também!

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